domingo, dezembro 29, 2013

LIVROS: Stalin, a história crítica de uma lenda negra


Por Angela Sztormowsky



Parafraseando Karl Marx: "As ideias dominantes de uma época são as ideias da classe dominante". Como advogada que sou não posso acreditar em fofoquinhas e clichês propagados pelos "intelectuais" da classe dominante, por essa razão achei justo comprar esse livro escrito pelo doutor Domenico Losurdo, logo hoje que é o aniversário do camarada Stalin(21 de dezembro). 

A mídia da burguesa e os "intelectuais", principalmente do ocidente consumiram montanhas de papel e oceanos de tinta para caluniar o bigodudo Georgiano. As pessoas que buscam a verdade têm o dever de estudar para desfazer esses mitos. 


segunda-feira, dezembro 23, 2013

LITERATURA: Stalin foi um herói e seus críticos trotskistas, psicopatas e fracassados

Por Cristiano Alves

Artigo escrito em resposta ao artigo "Trotsky foi um político e Stalin era um psicopata"


Recentemente chamou a minha atenção a exagerada publicidade dada a um romance de um autor cubano, "O homem que amava os cachorros". O romance, aclamado pela crítica "de esquerda" e ignorado ou até elogiado pela crítica de direita, trata-se de uma eulógia a Lev Trotsky, um dos líderes da Revolução Russa de 1917 que mais tarde confessaria a próprio punho seu intento de colaborar com o FBI na repressão aos comunistas dos Estados Unidos. Foi ainda curioso o fato de um blog "de esquerda" que traz como um de seus atrativos artigos que questionam "se era bom o cunnilingus de Kim Jong Il" ter trazido justo no dia do aniversário de Stalin um artigo difamando o líder soviético com as mais levianas acusações. Mas, longe disso, o que realmente surpreende mais do que as supostas "taras de Kim Jong" é a tara que certos intelectuais de esquerda mantém por um homem cujo "trabalho revolucionário" no ocidente apenas limitou-se a jogar lama na experiência soviética.

Para situar o leitor no assunto que discutimos, não se pode olvidar que em outubro(novembro no calendário ocidental) de 1917 se deu a maior revolução política do século XX, a Revolução Bolchevique da Rússia, seu líder maior, Vladimir Ilich Ulyanov, mais conhecido como Lenin, um advogado russo fluente em línguas estrangeiras, jornalista e autor de vários trabalhos epistemológicos. Diferente dos socialistas de seu tempo, que acreditavam numa "mobilização geral do proletariado", Lenin, embora não fosse militar, tinha a perfeita noção de que somente um partido com uma estrutura similar à de uma organização militar poderia levar os operários e camponeses à vitória. Assim, o russo entendia muito bem que além de levar a cabo a teoria de Marx e Engels, ele também precisaria por em prática os ensinamentos de um outro alemão, Clausewitz, um doutor na arte da estratégia, assim como os ensinamentos milenares de Sun Tzu, estrategista chinês. 


A estratégia de Lenin funcionou, e ele sabia muito bem, inclusive pela experiência da Comuna de Paris, que um poder socialista não é um conto de fadas, uma fantasia que, uma vez estabelecida, carece de quaisquer riscos e perigos, como imagina parte da esquerda brasileira. Essa fantasia de parte da esquerda talvez exista graças a Cuba, que desde a Invasão da Baía dos Porcos, nunca mais foi invadida, não por que o imperialismo americano é generoso, mas por que a ilha caribenha foi um aliado soviético e é aliada dos russos, que até tem bases na ilha.

Mas voltando ao assunto da Revolução Russa, como é possível que tão pouca gente conheça a obra de Lenin? Mais fácil é encontrar alguém que conheça John Lennon ou Lenine, mas poucos sabem quem foi Lenin, e foi esse mesmo Lenin, líder da maior revolução do século XX que durante praticamente toda a sua obra travou uma batalha teórica contra "Judas Trotsky"(como ele se referiu ao revolucionário da Ucrânia), já em 1921 Lenin dizia que não apenas as teses de Trotsky, como seu programa inteiro estavam errados(Uma vez mais sobre os sindicatos). Os maiores revolucionários do século XX jamais gostaram de cães, não os nossos amáveis amigos quadrúpedes, mas aqueles que encarnam a pior conotação que esse termo pode assumir na língua portuguesa e na língua russa, onde "sabaca"(cão) é considerado um grave insulto, um "palavrão educado". Che Guevara, nosso vizinho argentino, latino, espinafrara Trotsky, ele, que se orgulhava de ser um aluno de Stalin, dissera certa vez que "Hruschev, assim como Trotsky, pertence à categoria dos grandes revisionistas". Enver Hodja, revolucionário albanês, também condenou Trotsky, também o fizeram o líder da segunda maior revolução do século XX, Mao Tsé Tung, assim como o líder de uma das mais sangrentas lutas anti-imperialistas, o revolucionário vietnamita Ho Chi Minh, a viúva de Lenin, Nadyezhda Krupskaya, Antonio Gramsci(respeitadíssimo pela intelectualidade brasileira), inúmeros congressos da Internacional Comunista, personalidades políticas progressistas da Rússia, etc. Enfim, ninguém no meio progressista gosta de cães, exceto a "esquerda caviar" ocidental, sem querer me filiar totalmente ao pensamento de Rodrigo Constantino. Assim, questiono mais uma vez, o que leva essa "esquerda" a essa tara por um personagem histórico odiado pelos maiores revolucionários de nosso tempo?

Para responder a essa pergunta, enfatizo uma citação de Leonardo Padura: 


"creio que existe uma simpatia natural pelos derrotados" 


Aqui Leonardo nos permite entender parte de seu sistema de ideias, a filosofia que chamaremos aqui de "coitadismo". Não acredito que qualquer pessoa progressista, não digo nem comunista, sente "simpatia natural pelos derrotados". Concordar com o pensamento de Leonardo Padura é sentir "simpatia natural" por Adolf Hitler, por Benito Mussolini, por Napoleão Bonaparte(talvez o personagem histórico mais parecido com Trotsky), pelas Galinhas Verdes, por José Serra, pela família imperial russa, etc. Nenhum ser humano de bom senso sente "simpatia natural por derrotados", ela pode sim solidarizar-se com alguém que lutou por uma causa justa. Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, por exemplo, foram "derrotados", mas lutaram por uma causa justa, e isso faz de sua "derrota" ao mesmo tempo um triunfo, o de lutar por justiça social, pelo socialismo. O mesmo podemos dizer de Ernesto Che Guevara, um "derrotado" que morreu lutando por um mundo melhor, por uma América Latina justa e equitativa, contra o capitalismo. Che foi um derrotado, mas não um fracassado e sua causa permanece viva até hoje. Mas quem foi esse "Trotsky" tão idealizado pela "esquerda" brasileira e tão bem referenciado pela direita?

Não há como negar que o Trotsky de 1917 realmente exerceu um papel importantíssimo no triunfo da Grande Revolução de Outubro, algo reconhecido inclusive pelo próprio Stalin, isso não que dizer, evidentemente, que ele tenha sido o único líder de outubro. Trotsky exerceu um papel importante na organização do Exército Vermelho, isso não quer dizer evidentemente que ele foi o seu único organizador, Vassiliy Chapayev, comandante revolucionário russo prestou um importantíssimo papel durante a guerra civil, com táticas de combate que envolviam o inovador uso da "tachanka", uma carruagem com metralhadora, capaz de dizimar fileiras inteiras de tropas inimigas, esse personagem, entretanto, é absolutamente ignorado na historiografia ocidental, preocupada em enaltecer o papel de Trotsky na Revolução Russa e na Guerra Civil. Foi nesta última, entretanto, que Trotsky comprovara aquilo que Lenin escrevera a seu respeito nos anos anteriores, isto é, que Trotsky era alguém obcecado por poder, capaz de desrespeitar as ordens do comando mesmo que isso custasse as conquistas da revolução. Trotsky liderou uma campanha desastrosa contra a Polônia, que custou à União Soviética o oeste da Ucrânia e da Bielorrússia. 

Se a Revolução Francesa teve Napoleão Bonaparte, a Revolução Russa teve Liev Trotsky. Assim como Napoleão vilipendiou a Revolução Francesa, levando à campanha desastrosa que conheceríamos muito bem pelo romance do imortal da literatura Liev Tolstoy, o Leão(tradução de "Liev") tentou vilipendiar a Revolução Russa de outubro. Enquanto Napoleão apossou-se da Europa inteira, Trotsky não conseguiria sequer ir além da pequena Polônia. Para saber quem foi ele guerra, é importante que saibamos o que escreveram sobre ele os seus opositores(assim como é importante que saibamos o que os alemães escreviam sobre Stalin na época da IIGM). Enquanto Stalin, durante sua direção do Exército Vermelho, era retratado negativamente pelos alemães, temos a respeito de Trotsky o seguinte depoimento do contrarrevolucinário branco Bruce Lockhart em sua obra "English Agent": "O serviço especial britânico pretendia usar como vantagem os desentendimentos entre Lenin e Trotsky". Lockhart escreve que tinha constantes contatos com Trotsky em sua cabine e recebia "informação de primeira mão sobre todos os assuntos de governo". Ainda, ele escreve abertamente na obra, sobre o seu "sonho de organizar um grande putsch com Trotsky". Lockhart, a propósito, fora expulso da Rússia por atividades contrarrevolucionárias. Que um agente do imperialismo britânico demonstre em sua obra tanta afinidade para com o "revolucionário" russo deveria ser motivo de preocupação para qualquer pessoa minimamente interessado num poder socialista. Por que a "esquerda" brasileira estaria interessada num personagem que agia em conluio com contrarrevolucionários?


Existe um grande esforço para tentar canonizar Trotsky no meio intelectual, muitos o mostram como um "revolucionário puro que foi vítima do malvado stalinismo", pela "repressão de Stalin", e a maior prova disso seria um golpe com um picador de gelo desferido por um agente do NKVD, que uma esquerda tacanha tenta equiparar à imagem da crucificação de Jesus Cristo. Como "a vítima sempre tem razão"(Hitler e Mussolini que o digam!), logo tudo fica mais fácil partindo-se dessa premissa. Curiosamente, parece que essa mesma esquerda tacanha parece esquecer que foi Trotsky que, junto a Felix Dzerjinsky, reprimiu implacavelmente a Revolta dos Marinheiros de Kronshtadt. Tropas de Trotsky, na guerra russo-polonesa, chegaram ao ponto de empalar oficiais poloneses como o capitão Rosinsky, sua foto pode ser localizada na rede mundial, ele pendurado em uma árvore com uma estaca perfurando o seu ânus, completamente despido. As tropas do Exército Vermelho de Stalin, conforme se sabe, jamais sequer enforcaram um só alemão, e a respeito do tratamento dado aos alemães por esse Exército, disse um oficial alemão que "se eles(os soviéticos) fizessem aos alemães ao menos um quinto do que fizemos ao seu povo, não restaria um só alemão na Alemanha". Deste modo, chegamos à verdade inexorável de que o queridinho da esquerda festiva brasileira inegavelmente reprimiu, que o queridinho da "esquerda" torturou(empregando aqui o mesmo linguajar que usam contra Stalin) e inclusive fuzilou. Mas por que a "esquerda" brasileira defende um "revolucionário" que agiu em conluio com espiões do imperialismo e reprimiu?

A esquerda brasileira acha que Trotsky foi algum personagem "humilde e injustiçado". Uma rápida lida na entrevista com Trotsky feita por León Villanúa nos mostra um indivíduo soberbo e arrogante, "eu sou Trotsky(...) eu sou a ação, eu sou a espada". Quando lhe foi perguntando se ele se via como um gênio, respondeu que "não é que eu me veja como um gênio, é que eu o sou". Desnecessário comentar, mas resta perguntar, por que a "esquerda" brasileira defende alguém arrogante e esnobe?

Enfim, poderiam ser traçados vários aspectos negativos da personalidade de Trotsky e de suas ações, aspectos negativos que indubitavelmente superam suas qualidades. Todavia, o suicídio político de Trotsky se deu com a sua chegada ao México. Lá o ex-revolucionário transformou-se num perigoso reacionário. Uma de suas ações foi tornar-se um intelectual pago da rede de jornais do magnata ultrarreacionário William Hearst, pai do jornalismo marrom(originalmente, yellow journalism). O mesmo magnata que firmou grandes negócios com a Alemanha nazista, tornando-se o seu porta-voz não oficial, fabricando o mito do "genocídio ucraniano" que mais tarde seria chamado pela direita de "Holodomor", tornou-se o patrão de Liev Davidovich Bronshtein. Foi no The New York Evening, jornal do magnata fascista Hearst, que Trotsky escreveu em 1937: 


"Dentro do Partido, Stalin colocou-se acima de toda a crítica e do Estado. É impossível removê-lo, a não ser pelo assassinato. Todo oposicionista torna-se, ipso facto, um terrorista."


Em plena segunda metade dos anos 30, quando o Estado soviético tomava todas as medidas para conter o fascismo dentro e fora de suas fronteiras(Stalin tentou firmar um pacto de aliança com a Polônia para colocar 40 mil tropas do Exército Vermelho na fronteira com a Alemanha), Trotsky clamava justamente pelo assassinato de Iosif Djugashvili. Se hoje a direita repete ad infinitum que "comunismo e nazismo são a mesma coisa", que "Stalin é igual(ou pior) do que Hitler", Trotsky já preparava a munição que décadas mais tarde fariam parte do credo político de Olavo de Carvalho, Rodrigo Constantino e dos crápulas da revista Veja. Escrevia Trotsky que "Stalin e Hitler se pareciam tanto, que enquanto a mãe do primeiro queria que ele se tornasse um padre, a mãe do segundo queria que ele se tornasse um pastor" evangélico. Não foi à toa que o revolucionário e pensador italiano Antonio Gramsci descreveu Trotsky como "a puta do fascismo", como não seria nenhum exagero estender tal qualidade àqueles que veneram o contrarrevolucionário soviético.

Se Trotsky fora um herói em certos momentos da Revolução de Outubro, nos anos 30 ele se convertera num traidor, e isso está aliás documentado pelo próprio punho de Trotsky num hediondo texto seu chamado "Why I Agreed to Appear Before the Dies Committee"(Porque eu decidi aparecer ante o Comitê Dies). Esse documento, diferente de muitos outros trabalhos de Trotsky, curiosamente não existe em língua portuguesa, mas está no arquivo bibliográfico de Trotsky do mais respeitado site de obras marxistas, o Marxists.org. O documento, em suma, apresenta a decisão do contrarrevolucionário de colaborar com o Comitê Dies, conhecido também por "Comitê de Atividades Anti-Americanas", o principal órgão responsável pelo terror mccarthista dos anos 50, a "Inquisição Americana", responsável pela Caça às Bruxas. A intenção de Trotsky de colaborar com um órgão burguês de repressão a comunistas selou seu destino de uma vez por todas, o seu conhecimento das atividades comunistas no México e nos Estados Unidos indubitavelmente levaria o ex-revolucionário a denunciar milhares de comunistas mexicanos e americanos que naturalmente teriam apenas um destino, ser eletrocutados até a morte pela cadeira elétrica por serem "espiões da União Soviética".

Assim, se para os soviéticos Trotsky era até então um "mero renegado", ele passara a ser agora um espião do imperialismo, um cagueta, um gatilho que anteciparia nos EUA uma cruzada anticomunista e viria a prejudicar as relações deste país com a URSS na guerra mundial. O poder soviético, agindo com prudência, enviou o seu agente, Ramón Mercáder, um ex-trotskista, para executar o agente imperialista, era a vida de Trotsky ou milhares de vidas de comunistas mexicanos e americanos. No documento, ainda, Trotsky se mostra contrário à proibição de partidos fascistas, e ao contrário do malabarismo ideológico papagueado pelos seguidores de Trotsky, que afirma que "a URSS era um mero Estado operário burocratizado", Trotsky escreve coisa bem pior, alegando ser uma "monstruosa forma totalitária". Assim, já bem antes de Olavo de Carvalho e todo um exército de intelectuais de extrema-direita passando por corruptos intelectuais supostamente de esquerda como Hannah Arendt, Trotsky nos apresentava já em 1939 a ideia de que "a URSS era um Estado totalitário". Com uma esquerda assim, quem precisa de direita?


O trabalho teórico de Trotsky, amplamente disponível na língua de Shakespeare e William Bland, é geralmente desconhecido pela "esquerda" trotskista, a mesma esquerda tacanha que deixa de aprender inglês por que pensam ser "a língua do imperialismo", preocupando-se com questões esdrúxulas, como por exemplo, "se devem chamar o nativo dos EUA de americano ou de estadunidense", como se isso fosse uma constatação do quão "revolucionários puristas são". A teoria trotskista, como afirmaram Lenin, Stalin, Krupskaya, Che, Ho Chi Minh, Enver Hodja e Gramsci, é um trabalho repleto de falsificações, erros, revisão do marxismo-leninismo e reação. Uma teoria inútil própria de alguém absolutamente inútil para o povo trabalhador do ocidente, para os povos latino americanos. Sob Stalin o marxismo passou a ser a orientação de 1/3 do globo terrestre, mas e Trotsky, quantas revoluções ele organizou? Por que esse interesse doentio de parte da esquerda brasileira em louvar um fracassado?

Na realidade, essa pergunta deve ser respondida com base num fulcro moral! Para entender a força que Trotsky, praticamente ignorado na Rússia, tem no Brasil, é preciso fazer uma breve análise do perfil do militante trotskista. Uma jovem estudante da Universidade de São Paulo(USP), Anna Paula Figlino, relatava-me, sobre algumas "práticas revolucionárias" de trotskistas da instituição. Num desses "eventos revolucionários", organizaram um "Ato contra a moral e os bons costumes", o "ato" consistia em ocupar a reitoria completamente desnudo. Por sua recusa ao ato obsceno, a estudante imediatamente passou a sofre bullying na universidade, sendo tachada de "mal comida". Um trotskista, querendo provocá-la, tirou a camisa em sua frente. De fato, é inegável o caráter revolucionário das organizações trotskistas, tão revolucionárias quanto uma casa de swing!

Relatos de posturas imorais e irreverentes de trotskistas correm o Brasil de norte a sul. Uma estudante de direito de certa universidade do Sul, comunista, nos relata um fato vivido. Ao enamorar-se de um rapaz, que desconhecia ser trotskista, ela rapidamente teve uma desilusão amorosa. Primeiramente, foi alertada pelo seu ex-namorado sobre comentários, ou melhor, fofocas acerca de sua pessoa, descrita como "patricinha burguesa do direito", por causa de sua boa aparência, depois passou ser incomodada pelo seu namorado com propostas homossexuais, ato que facilmente levaria este à cadeia em Cuba. Segundo a estudante, não havia outro tema pelo qual seu ex-namorado trotskista mostrava tanta obsessão quanto o sexo lésbico. Essa obsessão que muitos trotskistas demonstram pelo homossexualismo já foi testemunhada por este que vos escreve. Num evento organizado pelo MST em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em meados de 2005, recordo-me como passei a debater com um militante do PSTU, que rapidamente veio com teses baratas sobre o "Testamento de Lenin" ou "burocracia stalinista", foi muito fácil refutá-lo citando a obra do próprio Lenin e ideias lançadas pelo grande magíster britânico William Bland. Passei a falar então das realizações socialistas de Stalin, citando números expostos na obra epistemológica do comunista belga Ludo Martens, citando inclusive os grandes progressos soviéticos no tocante aos direitos das mulheres e dos negros. Desarmado e sem argumentos, o trotskista veio falar nos "gays da União Soviética", como se o país de cossacos e variegues fosse Amsterdã ou algum episódio de novela da Globo. Depois surgiu outro trotskista exaltado que também desarmado e sem argumentos apelou para o argumento de que "Stalin usou armas nucleares nos próprios soldados", quando desafiei-lhe a mostrar as fontes, ele disse que "viu por aí". Tal é o exemplo trotskista de honestidade moral e ética. O sectário de Trotsky encarna a perfeita descrição do "esquerdista" descrito na obra teórica de Lenin, e embora se julguem "profetas revolucionárias", são uma versão caricaturesca dos personagens de "Os demônios", renomada obra de Fyodor Dostoyevski.

Assim, eu perguntava, por que a "esquerda" venera tanto um fracassado e traidor? Por que parte dessa "esquerda" não são mais do que meros filhotes de burgueses com poucos neurônios e muito testosterona, sem nenhum método, sem uma tática, assim preferem agarrar-se a fraseologias ultrarrevolucionárias para encobrir sua deficiência intelectual. São vigaristas e hedonistas, imorais e amorais, e por isso Trotsky se torna para eles um deus, um "Cristo profano" cuja morte, em vez de expiar seus pecados, expia o seu compromisso revolucionário, já que agora, em vez de fazerem algo de útil por uma revolução proletária e socialista, podem, tal como num jogo de RPG, viver acreditando que "são perseguidos pelos malvados stalinistas burocratas", o que justificaria uma "cruzada antisistalinista", e em nome dessa "cruzada" eles tem carta branca para colaborar com a burguesia ao difamar, caluniar e injuriar movimentos sociais e partidos comunistas, e tem uma justificativa moral para apoiar contrarrevoluções e até mesmo intervenções do imperialismo internacional! Não é segredo para ninguém que os trotskistas festejaram o fim da União Soviética, chamando-a de "revolução antiburocrática", para usar o termo de Mandel, apoiaram a invasão da Líbia, chamando-a de "revolução das massas contra Kadaffi, o grande burocrata stalinista colaborador da OTAN", apoiaram a invasão da Síria e o PSTU, maior expoente do trotskismo no Brasil, mesmo chegou a trazer uma mercenária da CIA para o Brasil, Sara Al Suri, esta por sua vez, questionada por um estudante brasileiro sobre os vínculos do FSA(Exército Sírio Livre) com o imperialismo de Israel e dos EUA, respondeu apenas que o interlocutor era um "stalino-castro-chavista burocrata". Embora não seja uma posição massiva, não é raro encontrar militantes, ou melhor, militontos de organizações trotskistas defendendo até mesmo a direita ucraniana pró-OTAN ante os atuais acontecimentos na Ucrânia. Por sua preguiça intelectual, por sua incapacidade de duvidar e de investigar, torna-se fácil seguir Leonardo Padura, alegando que "Trotsky era um político e Stalin era um psicopata". 

Como vimos, a defesa do trotskismo, longe de ser "esquerdismo honesto", "esquerdismo democrático" ou qualquer outra coisa, nada mais é do que um sinal de ignorância ou de psicopatia. Declarações como as de Mauro Iasi sobre "aspectos positivos do trotskismo" devem ser categoricamente denunciados por aqueles que reivindicam o marxismo-leninismo.

Não se trata de um "debate infantil" ou "medição do tamanho do falo". Há muito que a Internacional Comunista denunciou os trotskistas como desertores políticos isolados, e condenar desertores não é "fragmentar o movimento comunista", mas antes de tudo expurgá-lo da quinta-coluna da burguesia infiltrada no movimento comunista.

Falar de Stalin, é falar daquele que liderou a construção do socialismo, que transformou um país agrário semi-feudal numa superpotência cujo povo trabalhador era seu principal protagonista. Falar de Trotsky é falar numa versão malfadada de Napoleão Bonaparte, um tirano frustrado que não media escrúpulos para chegar ao poder. E quando falamos de Stalin e Trotsky, não é demais lembrar que enquanto os seguidores deste último estão a jogar lama sobre a experiência socialista que realmente existiu, em nome de um onanismo político, os seguidores do primeiro estão lutando pelo socialismo, e agora estão a enfrentar a neve e o frio extremo do inverno russo para depositar flores no túmulo daquele que representou a força, o entusiasmo e a glória de toda uma geração, de um país, de um sistema. E esses homens não gostam de cachorros.


A geração de ontem e de hoje da Rússia e Geórgia a honrar a memória do líder soviético. Os homens que não gostam de "cachorros".
Em 2011, na Rússia, uma visita organizada ao túmulo de Stalin reuniu mais de 5 mil flores! Chora, esquerda festiva!

quinta-feira, dezembro 12, 2013

HISTÓRIA: A glória de Zoya Kosmodemyanskaya

Por Angela Sztormowsky
Com a colaboração de Cristiano Alves

Em tempos em que parte da esquerda é guiada por falsos ídolos, entorpecida pelo "veneno do ocidente", isto é, os narcóticos, Zoya Kosmodemyanskaya é um modelo para qualquer real comunista que deseja servir ao povo trabalhador e por ele lutar. Ela é um modelo daquilo que a mulher comunista deve ser, destemida e íntegra!

Pintura que retrata a glória de Zoya Kosmodemyanskaya ante a direita fascista 

Ao longo da história são muitos os que sacrificam-se de forma abnegada por um povo, uma fé, por uma ideia. Pessoas podem ser assassinadas, torturadas e até esquartejadas. Mas quando o opressor imperialista acredita ter destruído essa ideia, muitas vezes ela renasce ainda mais forte, transcendendo a existência física daquele ou daquela que a defendeu estoicamente. A história também nos mostram que as mulheres acabam pagando um preço mais alto na luta por ideias justas, assim Rosa Luxemburgo não apenas foi presa, como sofreu com golpes de coronhada e baioneta até a sua morte por sociais-traidores, Olga Benário foi deportada para a Alemanha nazista enquanto grávida até morrer num campo de concentração fascista. Há uma história, entretanto, que poucos conhecem, de uma jovem honrada cujo nome inspira todos aqueles que declaram guerra ao fascismo, um nome que vem do norte, Zoya Kosmodemyanskaya.

A jovem russa descendia de uma família de padres, razão pela qual herdou o sobrenome "Kosmodemyanskaya", isto é, garota de "Cosme e Damião"(na Rússia o sobrenome modifica-se conforme o sexo do portador), santos gêmeos venerados pela ortodoxia, catolicismo, umbanda, candomblé e outras religiões, cuja hagiografia nos diz que não sofreram nem pela água, nem pelo fogo, nem mesmo pela cruz, até morrerem decapitados. O nome de Zoya Kosmodemyanskaya tornou-se um símbolo de uma época, ruas e escolas foram batizados com seu nome. Mas quem foi Zoya Kosmodemyanskaya? Heroína ou criação da "propaganda comunista"?


A jovem soviética nasceu na Rússia e por seus feitos tornou-se uma das mais veneradas heroínas da União Soviética. Sabe-se que durante seu tempo de escola era uma leitora ávida, que lia livros que iam além do currículo escolar, dentre seus autores favoritos figuravam nomes como Tolstoy, Pushkin, Lermontov, Byron, Miguel Cervantes, Shakespeare e Goethe. Num de seus cadernos ela escreveu que "nas tragédias de Shakespeare, a morte de um herói está sempre acompanhada de um triunfo de uma causa moral maior". Ela também era uma apreciadora da música de Beethoven e de Tchaykovsky, sendo sua canção favorita a Simfonia nº 5 deste último. Comunista, ela ingressou nos diferentes órgãos da juventude comunista soviética. Moralista, no sentido socialista dessa palavra, ela zelava pelas virtudes comunistas que cada um deveria demonstrar. Ela inquietava-se com egoístas, aduladores e pessoas não sinceras.

Tendo ingressado no Komsomol em 1938, com o advento da IIGM, em 1941, ela foi voluntária para uma unidade partizan(guerrilheira) de inteligência da Frente Ocidental, a Unidade Diversionária 9903. Sua tarefa não seria nenhum pouco fácil, uma vez que teria de atuar atrás das linhas inimigas, isto é, onde os alemães estavam. Para se ter uma ideia do nível de coragem exigido dos jovens comunistas, exigia-se camaradas que não tivessem medo de pular de paraquedas, atividade de grande risco, que na época era uma novidade. Quem poderia imaginar um salto das mais altas altitudes e sair vivo após essa "queda" dos céus?

Zoya nada temia, em nome de suas ideias comunistas, da defesa de um povo honesto e trabalhador. Assim como ela, milhares de comunistas compareceram aos comitês do partido e das Forças Armadas para se alistar como voluntários. Segundo depoimento de Shelepin, entrevistador de Zoya que mais tarde se tornaria líder dos sindicatos e renomado membro do KGB, Zoya não temia alturas, nem pular de paraquedas, falava alemão(além do russo), era dotada de força de vontade e corajosa. Após o envio de sua ficha para órgãos superiores, seu perfil foi aprovado para o grupo diversionário que atuaria no vilarejo de Petryschevo, ocupado por fascistas alemães. Sua missão seria minar estradas e principalmente incendiar residências e outros estabelecimentos utilizados pelas forças alemãs. A decisão da jovem comunista, a propósito, foi tomada sem comunicar a seus pais.

O grupo de Zoya, atuado sob o frio extremo do inverno russo, logrou minar várias estradas, o que arruinaria transportes e vidas fascistas. A mais arriscada parte das missões, entretanto, envolvia o incêndio de casas usadas pelos alemães, feita de modo secreto, espreitando-se durante a noite. Numa dessas missões, um camarada de Zoya foi capturado pelos fascistas. Preso e ameaçado, ele entregou ao inimigo Zoya e outro companheiro seu. Os nazistas, sabendo do que estariam por vir, prepararam uma cilada para Zoya. Quando ela preparava-se para incendiar uma casa, os fascistas rapidamente a capturaram. 

Sob captura dos alemães, Zoya nada falou sobre suas atividades. Os ocupantes fascistas estavam furiosos, ela incendiara edificações inteiras e também estábulos para os cavalos dos nazistas, meio de transporte utilizado com frequência no inverno, quando as viaturas alemãs tornavam-se inúteis por causa do inverno russo. Zoya, segundo depoimentos de seus companheiros, inclusivo do que a traiu, dissera "matem-me, eu não contarei nada". Furiosos, os fascistas passaram a torturar Zoya, inclusive chicoteando a guerrilheira comunista com as costas nuas. Segundo um editorial do Pravda, foram 200 chicotadas de cinturão(espessos nos tempos da IIGM). Vassiliy Klubkov, o traidor de Zoya, alega que sua companheira foi torturada de forma selvagem. Por sua traição, ele teve a sua vida poupada, e regressando ao território controlado pelos soviéticos, ele confessou a sua traição a Zoya Kosmodemyanskaya e à sua própria pátria, solicitando que, por isso, fosse punido pelo tribunal, mas tivesse a sua vida poupada. Sua solicitação foi em vão, após ser processado, julgado e condenado, a sentença de V. Klubkov determinou a pena capital em desfavor deste, executada pouco tempo depois por fuzilamento. Klavdya Miloradova, camarada de batalha de Zoya, alegou em documentário que até hoje não consegue entender como alguém num momento tão sério conseguiu acovardar-se e entregar sua companheira, no documentário "Zoya Kosmodemyanskaya, pravda o podvige".

Após bárbaras sessões de tortura, Zoya Kosmodemyanskaya, mesmo tendo sido traída, não traiu a seus companheiros, nem ao seu país, ela tomara a decisão mais importante de sua vida, a de morrer pelo seu país em nome da liberdade e da destruição das forças do fascismo alemão. Zoya não informou aos alemães nem mesmo o seu verdadeiro nome. Assim como Lenin e Stalin, Zoya empregou um pseudônimo ante os alemães, "Tanya", honrando Tatiana Slomahina, heroína comunista da Guerra Civil russa. Deixada sem comida e sem água, Zoya foi despida(em plena neve), e arrastada nua por longas distâncias até que seu carrasco sentisse frio, mesmo agasalhado. Humilhada, seus lábios estavam escurecidos e ressecados. Depois puseram-lhe uma roupa, ela pediu água, o que lhe foi negado. A jovem comunista de apenas 18 anos foi então condenada à forca. Os alemães penduraram-lhe uma placa com os dizeres em russo: "Incendiária de casas". Isso foi feito para que os camponeses não combatentes que cercavam os estabelecimentos alemães aceitassem a decisão alemã e passassem a enxergar como criminosa não o poder hitleriano, mas sim a guerrilheira, uma prática comum aos fascistas brasileiros nos tempos da ditadura militar, que visava levantar o povo não contra seus opressores, mas contra quem os combatia.

"Tanya", ante a forca, vestida em trapos e com uma placa pendurada em seu pescoço, fez um discurso ante todos que a assistiam, inclusive os fascistas: "Camaradas, a vitória estará conosco. Soldados alemães, entreguem-se enquanto não é tarde. A União Soviética é invencível e não será vencida. Quanto mais vocês nos enforcarem, mais se levantarão, somos 170 milhões. Atrás de mim camaradas virão". A última parte foi dita já com a corda no pescoço, na qual ficou pendurada. Mas o martírio de Zoya não se encerrava por aí, retirada da forca pelos alemães, estes, bêbados, puseram seu corpo na neve e esquartejaram-no a golpes de machado, enquanto riam e fotografavam seu corpo despido e despeçado, deixado na neve para exposição pública por semanas, e eternizado por toda a história. Os alemães guardavam essas fotos como "troféu", como motivo de júbilo.

Foto dos restos mortais de Zoya na neve, após ser enforcada e esquartejada pelos fascistas alemães

Em pouco tempo, a notícia e também as fotos correram não apenas as zonas ocupadas pelos alemães, dentro de alguns meses elas chegaram ao território soviético, chegando mesmo ao conhecimento, por meio de jornais e relatórios àquele que dirigia e inspirava milhões na luta anti-fascista, um homem do Cáucaso, georgiano temido e odiado pelos nazistas, Iósif Djugashvili, isto é, o premier e agora também Marechal da União Soviética, Stalin. O sofrimento da jovem de apenas 18 ganhou um interesse especial por parte de jornalistas e militares comunistas.

Durante a ofensiva antifascista contra as tropas alemães de Petryschego, militares comunistas pintaram tanques e aviões com a inscrição "Por Zoya Kosmodemyanskaya". Como bem nos informa o professor doutor Anatoliy Ponomaryov, é um fato conhecido que, quando iniciou-se a ofensiva contra as forças do nazista Ryuder, após descoberto o número da unidade militar alemã que martirizou a partizanka soviética, pela primeira vez na história da guerra, Stalin emitiu uma ordem para que após a destruição da unidade hitleriana, oficiais e comandantes "não devem ser presos, apenas fuzilados", isto é, mesmo oficiais e comandantes que se rendessem! 

Quando a unidade de carrascos alemães foi finalmente destruída, um sargento gritou em pânico, "não fui eu, foi Ryuder". Todavia, nem ele e nem mesmo o fotógrafo de Zoya foram poupados. Em sua mochila de campanha foram encontradas 5 fotografias. Anos mais tarde seria encontrada ainda uma sexta-foto, que informaria a exata localidade onde se deu a execução, tendo lá sido construído um obelisco. 

Monumento a Zoya no metrô de Moscou

O martírio de Zoya Anatolyevna Kosmodemyanskaya foi um ato de barbárie, de selvageria fascista, ato esse que não seria aplicado apenas contra Zoya, não apenas contra guerrilheiros, como também contra cidadãos pacíficos, em diversas localidades. Esses atos, não apenas foram testemunhados como também filmados e até fotografados pelos próprios nazistas, que se divertiam ao sorrir e debochar da desgraça de um povo. Esses "humoristas de araque" acabaram pagando um preço muito alto por seus crimes depois, até a completa destruição das forças fascistas em 1945. Ao contrário do que tentam alegar os apologistas dos crimes do nazismo, mascarados ou não, durante a ofensiva dos comunistas soviéticos nenhum só alemão foi enforcado! Acerca dos crimes alemães na União Soviética, um oficial alemão falou certa vez: "se eles(os soviéticos e poloneses) fizessem com nosso povo pelo menos 1% do que fizemos com eles durante 6 anos, em questão de semanas não restaria um só alemão vivo".

Durante anos perdurou a dúvida se a garota executada realmente seria Zoya Kosmodemyanskaya ou Lilya Azolina, garota que também foi ao front e se parecia muito com Zoya Kosmodemyasnakay. Uma análise microscópica feita por especialistas de institutos de investigação judicial, analisando fotos pessoais de Zoya e da garota enforcada chegou à inexorável conclusão de que a garota enforcada era de fato Zoya Kosmodemyanskaya. 

Assim como Zoya, 27 milhões de soviéticos teriam suas vidas ceifadas pelos fascistas, destes 27 milhões, cerca de 9 milhões eram comunistas convictos. Sabe-se que dentre os homens, restou menos de 3% daqueles que nasceram em 1923. Muitas de suas companheiras de seu destacamento diversionário foram mortas, uma teve as mães arrancadas por uma mina e poucas sobreviveram, sendo Klavdya Miloradova uma delas, detentora da famosa "Ordem da Guerra Patriótica". Em fevereiro de 1942, Zoya Kosmodemyanskaya foi a primeira mulher condecorada, post-mortem, com o título "Herói da União Soviética", representado por uma estrela dourada. Ela também foi condecorada com a Ordem de Lenin. A Igreja Ortodoxa Russa estuda a canonização da lendária guerrilheira comunista, símbolo da luta contra a tirania e a opressão fascista.

Monumento a Zoya Kosmodemyanskaya, em Tambov, em frente a uma igreja ortodoxa



Fontes de consulta:

- Documentário "Zoya Kosmodemyanskaya, pravda o podvige": http://www.youtube.com/watch?v=4tLnARJkVK4
- Artigo Zoya kosmodemyanskaya stanet svyatoy? Publicado em: http://kp.ua/daily/240908/56100/
- Artigo Podvig Zoi Kosmodemyanskoy. Publicado em: http://nkosterev.narod.ru/mos/pvd/petr_kr.html

terça-feira, dezembro 10, 2013

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Por Cristiano Alves

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quinta-feira, dezembro 05, 2013

EDITORIAL: Viva para sempre, Nelson Mandela!


Por Cristiano Alves



Desde 1988, aos 3 anos de idade, tive a oportunidade de ouvir falar desse grande guerreiro da liberdade zulu, que simbolizou uma dura luta contra o racismo, Nelson Mandela, o "Mandiba".

Sempre foi um lutador, respeitado mesmo na prisão, inspirador de muitos guerreiros humanistas, e tema de muitas canções de grandes artistas nordestinos como Chico César e a Banda Reflexus, que já em fins dos anos 80, tempos alcançados pela minha memória, já cantava: "De geração em geração que é discriminado o negão... Diga não ao Apartheid, liberte Mandela, nosso grande irmão"

Adeus, irmão!




MUNDO: Escândalo na Argentina, 7000 ativistas nus LGBT humilham fiéis da Igreja Católica

Por Cristiano Alves



Na Argentina, 7000 ativistas do movimento pós-modernista LGBT tentaram invadir templo da Igreja Católica Romana. 

A princípio a manifestação se deu em caráter pacífico, com cartazes favoráveis aos direitos da mulher e gritos contra a igreja pelo seu apoio à ditadura. Formou-se então uma corrente de fiéis católicos em torno da igreja, mas o que parecia findado estava apenas começando. Os proselitistas pós-modernistas então tiraram a roupa, engajam-se em coito homossexual em público, agrediram fisicamente e moralmente os fiéis católicos, com pedradas, ataques, cuspidas pichações, especialmente em suas partes íntimas, dentre outras ações que inclusive envolveram ataque com fogo à igreja. O ocorrido se deu na Catedral de São João Batista na cidade argentina de San Juan, onde nasceu o papa Francisco I. 

A ação LGBT demonstra que longe de ser um movimento progressista, trata-se em realidade de um movimento de caráter totalitário que não admite qualquer divergência, mas também humilha e insulta aqueles que não o abraçam.

Embora eles adoram chamar seus opositores de "fascistas", há que recordar um dito sarcástico da esquerda alemã dos anos 30, referentes aos fascistas alemães: "Eliminai os homossexualistas e o fascismo desaparecerá".


TEORIA: Humanismo proletário

Por Maksim Gorkiy
Tradução de Cristiano Alves


Um texto que irá mudar a esquerda brasileira, escrito pelo grande escritor comunista e dedicado combatente antifascista, filho da classe operária, a resposta a muitas questões discutidas pelos comunistas. A resposta a uma sociedade tristemente representada por abominações políticas como Bolsonaro e Jean Williams



"O mundo está doente", constatam não apenas os bolcheviques, mas também constatam os construtores líricos humanitários que, enfim, entenderam que "humanidade", "compaixão", "generosidade" e outros elementos com os quais os predadores bípedes tentaram cobrir sua natureza de lobo, são sentimentos não aplicáveis à realidade, difíceis de transformar numa mercadoria pois não encontram clientes e prejudicam o crescimento dos lucros comerciais e industriais.

"O mundo enlouqueceu", dizem cada vez mais alto as pessoas que escolheram como vocação a defesa justificada do irresponsável, desumano poder do capital  sobre o mundo trabalhador, a defesa sem limites e já insensata da exploração da energia dos trabalhadores pelos senhores.

A história da "doença" do capitalismo começa quase imediatamente após a burguesia arrancar o poder das mãos dos senhores feudais desgastados. Pode-se dizer que primeiramente quem notou essa doença e desesperadamente gritou acerca dela foi Friedrich Nietzsche, um contemporâneo de Karl Marx. Ocasionalidade ou não, todos os fenômenos da vida estão fundados, não por acaso, naqueles anos, quando Marx cientificamente provou de forma conclusiva a inevitabilidade do poder proletário, Nietzsche, com a fúria de um fanático desesperado, pregou o poder ilimitado da "besta loira". Até Nietzsche condenou o estado burguês, a religião, a moral e reivindicou o direito do indivíduo ao egoísmo sem limites de Maks Stirner, sob este esconderijo de negação anarquista, em essência, há uma negação do "humanismo", que a burguesia começou a desenvolver ainda na idade média, no início de uma guerra contra o feudalismo e a igreja, ideal de liderança feudal. A inconveniência e inconsistência desse "humanismo" na prática cotidiana da burguesia foi entendida desde muito cedo, como evidenciado pelas reformas eclesiásticas de Lutero, Calvino e outros. Em essência, essa reforma se deu para que o evangelho "humanitário" substituísse a Bíblia, que não era considerada natural, mas mesmo havia elogios a tribos em guerra, extermínio, roubo, fraude e tudo aquilo sem o qual o Estado burguês não poderia existir. Antes de Lutero, a igreja dissertou sobre como trabalhadores negros construtores da cultura deviam sofrer e ser pacientes em nome de Cristo, Lutero, com franqueza, atípica dos sacerdotes, ensinou no século XVI, ano da insurreição revolucionária, aos camponeses e artesãos: vivam e trabalhem para que seja mais fácil aos reis e barões dirigir vocês. "Sejam pacientes, cedam o corpo e sua propriedade, não se rebelem contra a autoridade e contra o violentador".

Não há necessidade de provar a falsidade e a hipocrisia do "humanismo" burguês em nossos dias, quando a burguesia, organizando o fascismo, funda o seu próprio humanismo, como uma ousada máscara que cobre a cara de uma atrevida fera, e faz isso por que para ela o humanismo é entendido como uma das razões de sua cisão e apodrecimento. Os fatos mencionados acima, mostram que cada vez mais, quando as pessoas sensíveis, alarmadas com o espetáculo de abominações do mundo, fazem ingênuos esforços filantrópicos para aliviar estas abominações ou cobri-las com discursos bonitos, os mestres da vida, os lojistas, admitiram essa mensagem como tentativa de acalmar as pessoas descontentes com a miséria, a injustiça, a opressão e muitos outros resultados inevitáveis do mundo de atividades "culturais" dos lojistas. Mas assim que a irritação da massa operária tomou uma forma social-revolucionária, a burguesia respondeu com uma "ação-reação".

De bom grado obedeceu a esta lei também a nossa burguesia liberal, publicamente alertada após os eventos de 1905-1906 na penitência da coleção "Vyehi": "Nós devemos ser gratos ao poder por ele ter nos protegido das baionetas da fúria do povo". O poder estava então nas mãos de Stolypin, que agindo de forma ditatorial enforcou mais de 5 mil obreiros e campesinos.

Em nossos dias o poder levantou-se de modo historicamente e cientificamente sólido, um verdadeiro humanismo proletário universal de Marx, Lenin e Stalin, um humanismo cuja finalidade é a completa libertação do povo trabalhador de todas as raças e nações das garras do capital. É uma doutrina verdadeiramente humana que provou de modo decisivo que as garras de aço do capital fazem os trabalhadores e principalmente os proletários construir para o capital uma "vida bonita", ficando miseráveis e impotentes.

Esse humanismo revolucionário dá ao proletariado um direito histórico de uma luta implacável contra o capitalismo, o direito de arruinar e destruir todos os fundamentos vis do mundo burguês. Pela primeira vez na história da humanidade é organizada como força criativa uma verdadeira humanidade, ela tem por objetivo a libertação de milhões de pessoas trabalhadoras que trabalham sob um poder de uma minoria insignificante, brutal e sem sentido, ela mostra para centenas de trabalhadores braçais que é seu trabalho que criou todos os valores da cultura e, dependendo deles, o proletariado deve criar uma nova cultura universal do socialismo, que estabelecem firmemente no mundo a fraternidade e a igualdade do povo trabalhador.

Esse humanismo do proletariado não é fantasia, nem teoria, mas uma prática viril e heroica do proletariado da União Socialista dos Sovietes, uma prática que provou que o antigo burguês, camponês, "bárbaro" da Rússia, sente a fraternidade e igualdade dos povos, e de fato indiscutivelmente desenvolve-se um processo que visa transformar uma grande quantidade de energia física em energia intelectual.

O que apresentam os capitalistas de todos os países contra o crescimento da consciência revolucionária da classe trabalhadora?

Forçando os últimos esforços para manter sob o seu poder bilhões de povos trabalhadores, defendendo a sua liberdade insensata de exploração do trabalho, os capitalistas organizam o fascismo. O fascismo é uma mobilização e organização do capital de modo doentio e moralmente exausta pela sociedade burguesa, uma mobilização de crianças histéricas, sofredoras da guerra de 1914-1918, crianças da pequena-burguesia, "vingadores" da derrota com sede de vitória, que para a burguesia não é pior do que a derrota. A psiquê desses adolescentes caracteriza-se por fatos desta natureza: na Alemanha nos primeiros dias de maio na cidade de Essen, Heinz Christen, um adolescente de 14 anos, matou seu amigo, Fritz Valkengorsta, um menino de 13 anos. O assassino friamente disse que cavou o túmulo de seu amigo com antecedência, jogou-o lá vivo e enterrou sua cara na areia até que Valkengorst fosse sufocado. O assassinato foi motivado pelo fato de que ele queria muito o uniforme hitlerista de Valkengorst.

Quem viu as paradas fascistas viu então que é uma parada de pessoas frágeis, escrofulosas, jovens consumistas que querer viver com toda a sede doentia de poder tomar tudo que o seu sangue envenenado e efervescido lhes der liberdade. Em milhares de faces saudáveis cinzas e magras, há pessoas cheias de sangue fervente, são poucos. Esses, claro, inimigos da classe do proletariado ou aventureiros da pequena-burguesia, ontem sociais-democratas, pequenos burgueses que querem ser grandes e a voz que os líderes do fascismo compram com um pouco de combustível e batatas, isto é, o trabalho dos operários e camponeses. O garçom quer ter seu próprio pequeno restaurante, pequenos ladrões querem ladroagem, num poder institucionalizado de grandes ladrões, esse é o "retrato" do fascismo. A parada fascista é ao mesmo tempo a parada da força e da fraqueza do capital

Não vamos fechar os olhos: entre os fascistas há não poucos trabalhadores que ainda não entenderam a força decisiva do proletariado revolucionário. Não ocultemos que o capitalismo é um parasita muito poderoso do mundo, pois os operários e camponeses, deixando em suas mãos as armas e o pão, continuam  a alimentá-lo com sua carne e sangue. Esse é o fenômeno mais triste e vergonhoso de uma violenta contemporaneidade. É chocante que se esteja alimentando de forma submissa o inimigo, educado na classe trabalhadora sob seus líderes sociais-democratas, cujos nomes agora estão amarelados, o brilho reluzente da vergonha. É surpreendente a paciência dos desempregados, das pessoas famintas face a fatos como, por exemplo, a destruição de produtos alimentícios a fim de manter seu preço de mercado em certa faixa, enquanto o desemprego está a aumentar, o salário é reduzido e o poder de compra até da pequena-burguesia cai.

Parece que a dignidade humana do proletariado inglês se deve ativa e profundamente a zombar de fatos cínicos referentes aos seus irmãos desempregados, fatos como o seguinte:

Na cidade inglesa de Surre abriu-se a primeira confeitaria do mundo para cães. Qualquer cão pode receber nessa confeitaria um bolo, e para cães desabrigados e famintos ha alojamento e comida. A abertura desta confeitaria se deu por meio do mister James Patterson, que morreu há algumas semanas em Brock Horst.

Desavergonhadamente, essas artimanhas cínicas deste tipo estão se tornando mais frequentes na Inglaterra, Estado da "raça aristocrática". Possivelmente, nessas palhaçadas há um sentimento escondido de Patterson de demonstrar seu destino de deixar a vida de modo aristocrático, deixando nela um mal vingativo.

Adolescentes e jovens armados, menos com revólveres, sustentam ideias ultrapassadas do nacionalismo e do racismo, educando a juventude com um cinismo social, uma paixão sádica pelo assassinato, de modo destrutivo, os capitalistas organizam essa juventude não apenas como ajudantes da polícia em sua luta contra o proletariado revolucionário, mas as usam como um veneno que irá combater o exército dos operários e camponeses, armados com equipamentos modernos de extermínio do homem. Os capitalistas bem lembram que os operários e camponeses, disciplinados em quarteis brutais, mostraram em 1918-20, que seu serviço absurdo e suicida só tem importância enquanto carrega baionetas e canhões, depois de caçar operários e camponeses, perseguindo cada um, deixa de servir aos interesses do capital. Percebe-se que, "antes tarde que nunca", é preciso aprender com o inimigo de classe: o capitalista destrói o trabalhador antes do trabalhador levantar suas mãos contra ele.

Não dezenas, mas centenas de fatores demonstram uma influência corruptora do fascismo sobre a juventude da Europa. Vou enumerar os fatos desagradáveis e a memória descarrega uma sujeira dura e e ricamente fabricada pela burguesia. Saliento, no entanto, que no país onde virilmente e com êxito governa o proletariado, o homossexualismo, corruptor da juventude, é reconhecido como ofensa social e punível, e no país "culto" dos grandes filósofos, cientistas, músicos, ele age livremente com impunidade. Já se criou um provérbio sarcástico: "Destruam os homossexualistas e o fascismo desaparecerá"*. Deve-se salientar que os semitas, pessoas de uma raça que pôde, se necessário, se vangloriar de sua pureza, pessoas que deram à humanidade grandes mestres da cultura, e o maior deles, o verdadeiro Messias do proletariado, Karl Marx, essas pessoas são oprimidas pela burguesia da Alemanha e pelos fascistas da Inglaterra, onde não poucos semitas estiveram "no comando" e muitos inclusos na aristocracia do país, os fascistas da Inglaterra também começaram a pregar um vergonhoso antissemitismo.

Ao mesmo tempo no país onde o poder pertence à classe operária está organizada uma república independente de judeus, uma região autônoma de judeus.

Os grupos nacionais de capitalistas apressadamente preparam-se para uma nova guerra mundial, novamente querem dividir o mundo para a mais ampla e confortável exploração do trabalho dos operários e camponeses. Países pequenos novamente são ameaçados sob o perigo do "gigante de aço", eles novamente querem retirar o direito do livre desenvolvimento de sua cultura.

Nas massas multilíngues, do proletariado multinacional, o imperialismo e o fascismo semeiam as sementes do mal do ódio étnico, negligência e desprezo, o que pode se transformar em ódio racial e impedir o desenvolvimento pacífico da consciência de interesses de classe, consciência de salvação, de que apenas ela pode libertar os operários e camponeses de todo o mundo da posição de indefesos, escravos sem direitos de lojistas ensandecidos. A sua disputa comércio-industrial poderia facilmente aumentar, e já cresce, fomentando o ódio racial e as guerras raciais. Hoje eles pregam, e isso já se dá como prática vil, o antissemitismo, amanhã ressuscitam pregações antieslavistas, lembrando-se das palavras vergonhosas sobre os eslavos de Mommsen, Treitschke e outros e esquecendo-se de quantas pessoas talentosas foram dadas à cultura alemã por poloneses, pomerânios, tchecos. Uma vez que todos os industriais e lojistas da Europa produzem aquelas mesmas mercadorias e as comercializam, assim é aceitável haver uma inimizade e guerra da raça germânica contra a romance, também contra a anglossaxônica. Claro, há os acordos, mas se você quer vender, o que impede de trair? Por exemplo, existe um acordo entre Inglaterra e Japão, mas os japoneses em Londres vendem meias de ceda por 3 libras, ou seja, uma pechincha pelo par, o que naturalmente é pouco, mas é "dumping" japonês, razão suficiente para inimizade e ódio contra a raça amarela. Ações de impunidade dos imperialistas japoneses na Manchúria, China, são muito sedutoras para os imperialistas da Europa.

A teoria racial é a última reserva "ideológica" moribunda do capitalismo, mas a sua respiração pode envenenar mesmo as pessoas mais sãs, por que as pessoas geralmente se corromperam ante o longo espetáculo de impunidade da escravidão imposta por europeus brancos fortemente armados aos índios, chineses e negros desarmados.

Apenas uma frente unida do proletariado revolucionário com seu poder pode resistir ao envenenamento infame e o saque impune contra seus irmãos de classe.

Esse proletariado é educado sob a ideologia de Marx-Lenin, é de fato e sabiamente liderado por Stalin, esse proletariado provou ao mundo que em seu poderoso país todas as tribos e raças são absolutamente iguais em seu direito à vida, ao trabalho, para desenvolver suas culturas. Analfabetos, que não tinham sequer uma língua escrita, povos russos semi-selvagens abriram uma longa estrada para o conhecimento. Na União dos Socialistas Soviéticos não há tribo numericamente insignificante que não tenha provado a sua sede por cultura e sua habilidade para percebê-la...

A rapidez do crescimento cultural da população da União dos Sovietes é reconhecida pelas pessoas honestas de todos os países. Parece que para as pessoas honestas, reconhecendo esse fato, devem tirar disso conclusões muito simples, moralmente higiênicas, subjetivamente e objetivamente úteis, mais honestas na vida de um ambiente saudável contaminado com doenças sociais e sentenciado à morte. Reconhecendo o proletariado como sendo capaz de tal criatividade social, muito mais útil para impulsionar o desenvolvimento por sua sede de conhecimento, talentos e consciência de massa no propósito histórico do proletariado que começou a se dar no país onde vivem 170 milhões. Parece que o sentimento de auto-estima dos mestres da cultura, "humanistas", leva a cultura dos lojistas a uma negação indignada, a uma campanha contra o crescimento de qualquer equipamento que não seja o militar, projetado para destruir pessoas. Mas não é perceptível, que os mestres da cultura burguesa atiçam a fogueira de livros que não contemplam o fascismo, a misantropia abraçada pelas teorias nacionais e raciais, preparatórias para uma nova guerra de ódio, para a destruição insana da vida de muitas pessoas saudáveis, um novo fogo de extermínio de antigos valores culturais, a destruição de cidades, a destruição dos resultados do trabalho duro das massas que criaram as fábricas, trabalharam os campos, construíram pontes, estradas. A loucura de predadores que não podem ser curados pela eloquência, tigres e hienas não comem bolo.

Não é perceptível que nos "humanistas" havia um tipo de humanidade genuína, não está claro que eles sentiram a maior tragédia heroica e entenderam quem de fato são seus heroicos. Aproxima-se o tempo em que quando a revolução do proletariado desencadear, como um elefante, atormentando formigueiros de lojistas, pisoteando e esmagando-o. Isso é inevitável. A humanidade não pode morrer por causa de uma minoria insignificante que está em seu decrépito se decompondo em dor e ganância incurável. A perdição de uma minoria, um ato de maior justiça, e ato de história em favor do proletariado. Por este grande ato começa um ato internacional, amistoso e fraterno do povo trabalhador do mundo, um trabalho por uma livre, linda criação de uma nova vida.

Isso é crendice? Para o proletariado esse tempo passou, quando a fé e o conhecimento do inimigo vinham como mentira e verdade. Lá, onde o proletariado governa, onde todos criam com sua mão poderosa, não há lugar para crendice, lá há uma crença, o resultado das forças da razão, e essa fé é criada pelos heróis, e não por deuses.


*Nota da tradução: No meio marxista sempre existiu uma posição desfavorável ao "homossexualismo" enquanto posição política, especialmente nos escritos de Engels. Na União Soviética predominava a ideia de que, com raríssimas exceções, a homossexualidade era uma questão cultural, tese sustentada por Preobrajenskiy que prevalesceu na URSS. Antes, já nos anos 20, a homossexualidade fora criminalizada em diversas repúblicas soviéticas, que possuíam seu próprio código penal. A Ucrânia socialista a condenou, em seu direito penal, sem no entanto penalizá-la, e a Rússia a condenou em 1933, com a pena de 5 anos de prisão e 8 anos em caso de dependência de um dos parceiros. A lei soviética fala em "mujelojstvo", deixando evidente que a punição era dirigida exclusivamente a homens, e não a qualquer homossexual. Um dos motivos para isso era a posição de círculos homossexualistas que cresciam em ambientes como salões, saunas, dentre outros, vinculados aos nazistas, que tinham por líderes conhecidos homossexuais como Hitler e Rhöms, bem como sua posição contrária ao serviço militar, que mais tarde seria indispensável à defesa do país e à destruição do fascismo alemão.

Atualmente os marxistas se opõem à ideia de penalização do homossexualismo, embora advoguem, nos dias atuais, um combate a este no campo político.

segunda-feira, dezembro 02, 2013

MUNDO: Ucrânia, mais uma vez dividida

Por Cristiano Alves

Cartaz popular nas redes sociais mostrando um ucraniano típico dividido entre o ocidente(UE) e a Rússia


A divisão da Ucrânia não é nenhuma novidade. Embora Kiev tenha sido o ponto de partida para o que hoje se conhece por Rússia, durante muitos anos parte do país esteve ocupada por tártaros, cavaleiros teutônicos, poloneses, turcos e austro-húngaros. 

Dividida entre impérios, a Ucrânia sobreviveu com o surgimento do Grão-Ducado de Moscou, a região formada por emigrados da Rússia de Kiev(até então "Rússia" designava o território da Ucrânia e do ocidente da atual Rússia), chamada de Moscóvia, reivindicou o título de "Rússia", autoproclamando-se a "Terceira Roma" com o seu "tzar"(termo oriundo de "Caesar", do Império Romano). A importância da Rússia para a sobrevivência do que hoje se conhece por Ucrânia está bem exposta no romance do historiador e escritor ucraniano Nikolay Gógol, "Taras Bulba", que retrata um cossaco da região de Zaporojye que combate os invasores turcos e principalmente os poloneses. No romance, os cossacos morrem pela "Rússia", um ideal perseguido por eles, e ao final, o velho cossaco, queimado vivo por seus captores poloneses, clama que "na Rússia já se ergue um tzar, e não haverá no mundo poder capaz de pará-lo".


Por muitos anos a Ucrânia foi uma mera região russa, a incorporação, pelo Império Russo, de países como a Polônia, trouxe de volta à Ucrânia territórios que por centenas de anos desenvolveram-se isoladamente e absolveram vários aspectos culturais e linguísticos. Com a derrota do Império Russo na primeira grande guerra, partes do país caíram sob a tutela alemã, que tentou formar na região um Estado fantoche, mas com a derrota alemã, a região ficou sob tutela polonesa, até o Estado Polonês cair em 1939 e a região ser incorporada à República Socialista Soviética da Ucrânia, Estado membro da União Soviética, surgido nos anos 20. Pela primeira o povo ucraniano era unificado sob a égide de um Estado nacional. O que parecia estar solucionado apenas começava, com a invasão nazista em 1941, uma pequena parcela dos ucranianos, particularmente aqueles sob a liderança de Stepan Bandera e Andriy Melnik, receberiam de braços abertos os nazistas, que estabeleceriam um novo protetorado na região conhecida por "Halychina"(traduzida como Galícia). Nesta região as tropas de Bandera promoveriam o mais intenso terror contra comunistas, russos, poloneses, tchecos e mesmo contra ucranianos que não aceitassem se submeter à sua causa. Fotos do arquivo de Estado da Polônia, país capitalista conhecido por sua postura anticomunista e antissoviética, revelam fotos de crianças torturadas e mortas com arame farpado, cidadãos pacíficos mortos com um prego inserido em seu crânio a marteladas, além de limpeza étnica e mutilações de civis. Segundo fontes bielorrussas, a OUN-UPA, exército ucraniano de colaboracionistas do nazismo, teriam sido responsáveis pelo massacre de Hatyn, em Belarus, onde toda a população local foi reunida numa igreja e queimada viva, tragédia descrita no filme de Elen Klimov "Vá e veja".

Comício banderista ucraniano, com as fotos de Hitler e Stepan Bandera em destaque

Com a derrota das tropas nazistas, os remanescentes da OUN-UPA ou se renderam ou passaram a combater os comunistas nos Cárpatos, onde foram caçados e supostamente exterminados pelo NKVD. Embora derrotados militarmente, mesmo sem representar a maioria do povo ucraniano, os banderistas ganharam novamente voz com o advento da Perestroyka, com o fim da URSS(cuja continuidade foi aprovada pelo povo ucraniano no famoso referendo de Harkov), o banderismo tornou-se a opção natural dos ladrões e mafiosos ucranianos que tomaram conta do país após a queda do sistema socialista. Sua ideologia consiste na demonização do período soviético, na exaltação de traidores nacionais como Stepan Mazepa, que traiu os cossacos em favor do Rei da Suécia e do Sultão da Turquia; de Stepan Bandera, já descrito aqui; e de Roman Shuhyevich, o comandante do Batalhão Rossygnol, unidade da Waffen SS formada por ucranianos. Essa ideologia burguesa e filofascista travestida de patriótica sempre foi o sustentáculo ideológico da burguesia ucraniana junto ao mito do Holodomor, suposto genocídio de ucranianos pelos comunistas(outras versões falam em russos, outras em judeus, em realidade mais um ciclo de fome da história ucraniana agravado pela seca, tifo e pela luta de classes pela coletivização da agricultura, que pôs fim aos ciclos de fome.

A despeito de elementos reacionários, revanchistas e pró-ocidentais, a verdade é que por muitos anos o povo ucraniano foi oprimido pela burguesia de diversos povos, principalmente poloneses, alemães, turcos e russos. Os interesses neocoloniais da burguesia russa, o seu modelo corrupto e imperialista, leva grande parte do povo da Ucrânia a enxergar com hostilidade uma aproximação com a Rússia, de modo que muitos mesmo acreditam que fazer a opção pela UE ou pela Rússia são posições equivalentes. Outra parte, entretanto, a clientela das grandes multinacionais ocidentais, acredita que a UE é o melhor caminho, mas será mesmo?

Ora, não é preciso ser vidente para saber o que será da Ucrânia se esta entrar na UE, basta olhar para o que acontece aos gregos, croatas, romenos e búlgaros. A incorporação da Ucrânia à UE seria um preço muito alto a ser pago pelo povo, inclusive da União Europeia, todavia seria de enorme lucratividade para os capitalistas da Europa Ocidental, que teriam acesso a mais mão-de-obra barata, e um grande passo do imperialismo ocidental em direção à Rússia, que apesar de seus erros é um ponto de equilíbrio na segurança internacional, e a sua intervenção na guerra civil na Síria é uma prova disso. O que o governo pró-ocidental de Viktor Yushenko, por exemplo, fez em favor da paz mundial e do equilíbrio na segurança internacional? Ele alinhou-se ao imperialismo americano e mesmo enviou tropas para o Iraque e Afeganistão! Viktor Yanukovitch, atual líder ucraniano, não é um pró-ocidental e está ciente da tragédia política que será para ele ingressar na UE e da tragédia econômica que será fazê-lo.

Taras Bulba, romance de Nikolay Gógol, retrata a luta do povo ucraniano contra os invasores ocidentais em nome da "Santa Rússia" dos "camaradas", ortodoxa e cossaca

"O país"(significado de Ukraína), historicamente dividido entre os que se consideram "russos" e os que se consideram "ucranianos" encontra uma divisão que vai além das barreiras idiomáticas, além das línguas de Pushkin e Shevchenko. Enquanto parte da população vai às ruas exigir o ingresso numa União Europeia que não a deseja, outra parte se levanta contra os pró-ocidentais. A Igreja Ortodoxa Ucraniana clamou por uma marcha contra a "Eurosodomia", contra os valores "imorais e anticristãos do ocidente decadente", milicianos ucranianos concentram-se ao redor de monumentos a Lenin, que viram alvo de manifestantes ocidentais.

Militantes da organização neonazista "Svoboda" usando balaclavas, tonfas, correntes e camuflagem ucraniana. O partido comumente ataca monumentos ucranianos a Lenin e Stalin. Seu símbolo é uma nítida alegoria à suástica nazista.

A Ucrânia está dividida mais uma vez, e caberá ao seu povo e seus líderes lutar para não se tornar mais uma favela da União Europeia! Os protestos em favor da UE contam com os mais reacionários grupos, dentre os quais os banderistas e outros neonazistas fervorosos como os do partido Svoboda(ironicamente, "liberdade", literalmente), um partido conhecido por sua xenofobia e anticomunismo. Um dos ideólogos do partido, Yuriy Myhalchyshym, defende em seus escritos o legado ideológico de Rhöm, Goebbels e Gregor Strasser. A acusação de neonazistas já foi feita por jornais russos, americanos(Global Post), israelenses(Jerusalem Post) e pelo Congresso Internacional Judaico. Para o ideólogo neonazista ucraniano, o Holocausto foi um dos mais brilhantes períodos da história. A vitória dos ocidentalistas da Ucrânia significará por consequência a vitória dos neonazistas em mais um país, após a Hungria e Eslováquia. O "ocidentalização" da Ucrânia representa antes de tudo um aumento da miséria e principalmente uma renazificação da Europa!

MUNDO: Na Ucrânia a milícia protege um monumento a Lenin

Por V. Tavares



A Ucrânia vive um momento de intensa tensão política. Grupos de direita favoráveis ao imperialismo da OTAN e da União Europeia traem os interesses nacionais ao defender aquilo que há centenas de anos Bohdan Hmelnitsky evitara, isto é, a absorção da Ucrânia pela Europa Ocidental. No decorrer dos protestos, um monumento a Lenin, russo, virou algo dos manifestantes, sendo este protegido pela milícia. Confira as fotos:




sábado, novembro 30, 2013

BRASIL: O "cocainocóptero" do PSDB





A Página Vermelha: Alguém tem alguma dúvida de que não vai fazer nem um décimo de barulho em torno dele como fez em torno do "Mensalão"?

CINEMA: O humor que zombava dos racistas

Por Cristiano Alves

Tsirk foi um filme soviético de 1936 que fazia o público rir, discutia temas como o racismo e o sexismo, e ainda ridicularizava preconceituosos e racistas, estrelado pela maior atriz da União Soviética


A sociedade brasileira tem enfrentado sérios problemas no campo humorístico ultimamente. Mais consciente, ela tem se deparado com elementos daninhos à sociedade a ao humor nas chamadas "comédias stand-up", cujo picadeiro tem se tornado um palanque para racistas, machistas e anticomunistas. Um bom exemplo disso é o "humor" de Danilo Gentili, que ridiculariza grupos historicamente oprimidos, zomba de nordestinos, compara reais heroínas da sociedade brasileira a um ator pornô e evoca termos racistas empregados para clamar a inferioridade racial do negro, a quem Gentili, que de gentil nada tem, chama de "macaco". Além desse tipo de "humor", no cinema ele ganha uma conotação cada vez mais grotesca, com comédias voltadas para a pornografia, para o estilo Adam Sandler, sempre a contar-nos "como é grande o  seu falo", e, pior que isso, humor que une tudo isso mais narcóticos, o que levou uma colega russa, também do campo jurídico, a classificar tal humor como "para pessoas de intelecto inferior". Mas nem sempre as coisas foram assim!

Tsirk(literalmente, "O circo"), é uma comédia soviética de 1936 estrelada pela célebre atriz e cantora soviética Lyubov Orlova, cujos papéis descreviam as ideias do sistema social socialista, ela interpretava a operária que motivava a fábrica, a mãe solteira, a cientista idealista que queria melhorar a vida de seu povo, dentre outros. Lyubov Orlova era conhecida pelo seu carisma e pelos seus papéis de humor, de modo que por analogia não seria exagero descrevê-la como "a Whoopi Goldberg russa". É conhecido também que ela era a atriz favorita do premier soviético Josef Stalin.

A célebre atriz soviética Lyubov Orlova protagonizou em Tsirk o papel de Marion Dickson, uma americana branca perseguida por ter dado a luz a um bebê negro

A comédia gira em torno de um circo e embora se trate de uma comédia, nem por isso a sua temática perde a seriedade. Logo no início, há uma clara sátira à imprensa sensacionalista americana e ocidental, um jornal nos diz que "A mulher-bala Marion Dixon(L. Orlova) é alvo de um sensacional escândalo". Um trem segue nos trilhos e uma mulher desesperada corre de uma multidão enfurecida que quer linchá-la e grita histericamente, exibindo o jornal burguês. A "criminosa" a correr é Marion, seu crime - ter dado a luz a um bebê negro(James Patterson)! Nessa época, os EUA viviam sob o regime ditatorial da Lei Jim Crow, que segregava o país em diferentes raças. Durante o Jim Crow, casar-se com alguém de outra "raça" era punível com a cadeia na maioria dos estados americanos e filhos mestiços não tinham direito aos serviços do Estado. Nessa época, para uma mulher, o pior insulto era ser chamada de nigger lover(amante de crioulos), pior do que ser chamada de prostituta.
James Patterson(1933-) como cadete da escola naval das forças armadas da URSS em 1949
Marion Dixon então foge dos Estados Unidos e vai se esconder na União Soviética. Durante a sua viagem ela se depara com seu empresário alemão, Franz von Kneishitz, que resolve acobertá-la em troca de seu amor. Ao chegar na URSS, Marion ganha a simpatia de um ator circense soviético, Ivan Martynov(Sergey Stolyarov), despertando o ciúme e a ira de von Kneishitz, que passa a tentar sabotar seu romance a todo custo e ameaça revelar o grande segredo de Marion, acreditando que num país de maioria branca ela seria hostilizada e perseguida. Von Kneishitz parece ser uma caricatura dos fascistas alemães, por seu tom autoritário e comportamento violento.

Depois de muitas trapalhadas e ciúmes, durante uma das apresentações de Marion, o alemão resolve causar um escândalo no circo, ele divulga o "terrível segredo" de Marion: "Esta mulher... ela foi amante de um negro!!!" E para reforçar suas palavras, ele apresenta ao público soviético o bebê de Marion. Ao fazer seu escândalo, rapidamente o diretor do circo, soviético, pergunta qual o problema nisso. Ele inicia um discurso racista e o bebê negro, o ator e hoje poeta James Patterson, foge para as arquibancadas. Lá os soviéticos acolhem o bebê e o alemão corre desesperado para buscá-lo, mas os camaradas o protegem e riem de von Kneishitz, ele olha raivosamente e não entende, continua tentando pegar o bebê, que sorri nos braços dos cidadãos soviéticos, ele adota uma postura agressiva até um militar comunista se interpor em seu caminho. No decorrer da brincadeira, os soviéticos gargalham do racista, que acabou se convertendo no palhaço da vez! O alemão então pergunta em russo com um sotaque carregado: - Póchimu vy smeyotis, góspoda?(Por que vocês se riem, senhores?). E o diretor do circo responde: "Deveríamos chorar ou o quê"? Até que o racista deixa o ambiente vaiado e ridicularizado, sendo então preso por milicianos(policiais soviéticos), que o acompanham.

Marion, em prantos, é acolhida pelo seu namorado, Martynov, que a aceita. Os cidadãos soviéticos, impressionados com o bebê negro, cantam para ele uma canção de ninar em diferentes línguas da União Soviética, o russo, a língua mais usada; o ucraniano, a segunda mais usada; o uzbeque, da outra extremidade soviética na Ásia; o georgiano, língua do sul, daquele que criou a primeira constituição da história a criminalizar o racismo, o filósofo, revolucionário, secretário do PCUS e líder da União Soviética J. V. Djugashvili, mais conhecido como Stalin(homem de aço) e pela sua obra antirracista(O marxismo e a questão nacional); em ídiche, a língua dos judeus na União Soviética, que até tinham uma Palestina própria no Extremo-Oriente, a República Autônoma dos Judeus; e novamente em russo. Marion, então, resolve ficar na União Soviética e junta-se a uma grande parada onde ela canta uma famosa canção soviética, na parada é exibido um grande retrato que traz aquele que transformou um país atrasado numa superpotência em todos os campos, inclusive o da igualdade racial.


James Patterson, Lyubov Orlova e Sergey Stolyarov no filme Tsirk, em 1936


Alguns fatos curiosos sobre Tsirk(O circo) é que numa das cenas há um Charlie Chaplin, uma homenagem ao famoso comediante. O nome Marion Dixon é uma referência a Marlene Dietrich, que tem as mesmas iniciais, o nome de seu empresário, von Kneishitz, pode ter sido uma referência ao de Marlene, von Shternberg. Os diálogos entre Marion e seu empresário se dão em inglês. James Patterson, afrossoviético nascido em 1933, é filho de um afroamericano que fugiu dos EUA durante a Grande Depressão, tornou-se um oficial do Exército Vermelho na maioridade e depois poeta, deixou a Rússia em 1994, após o fim do socialismo e do golpe de Estado de Yeltsin, indo morar em Washington(EUA) com sua mãe, ucraniana. O pai de J. Patterson foi vítima de racismo na União Soviética, não dos soviéticos, mas dos fascistas alemães, que pretendiam exterminar eslavos e negros! Um bombardeio da aviação nazista em Moscou o feriu, pois ele decidira ficar em Moscou mesmo com o avanço nazista, a exemplo do líder do país, Stalin. Após a "desestalinização", os revisionistas soviéticos fizeram alguns recortes no filme, retirando o retrato de Stalin que aparece ao final durante uma marcha cívica, tendo sido ele exibido recentemente em seu original na TV russa. Em 2011, na Rússia, no Pervom Kanale(Canal 1), o filme ganhou uma versão colorida.

Tsirk, de 1936, foi um filme de vanguarda, que demonstrou os avanços da sociedade soviética, numa época em que os principais países capitalistas promoviam o racismo, o ódio e a eugenia. O filme soviético, que não tem legendas em português, deveria servir de inspiração para a nova geração de humoristas, para rir não do oprimido, mas sim do opressor e conscientizar a população do que é o bom humor, e não a perdição! Ele é uma prova de que é possível fazer humor engraçado, politizado e progressista.



Trecho do filme Tsirk(1936), colorido e legendado(ative no quadrado do menu):